Já ouviu falar de casa de cortiça?

Postado por MMM em 17/ago/2019 - 2 Comentários

Para os ingleses que a projetaram, ela é a Cork House. Mas pode chamar de Casa de Cortiça, na língua do país que forneceu a cortiça para a obra, Portugal. A matéria-prima é a mesma das rolhas usadas em garrafas de vinho por todo o mundo. Só que, no caso da casinha de 44 m², foram empregados resíduos. 

Renovável, resistente e isolante termoacústica, a cortiça esbanja qualidades. Por isso vem conquistando a atenção de quem busca tecnologias mais sustentáveis de construir. A prova é que a Cork House figura entre os seis finalistas ao prêmio anual de melhor edificação nova do Reino Unido. E, dizem, tem grandes chances de sair vencedora em 8 de outubro de 2019, quando ocorrerá a premiação concedida pelo The Royal Institute of British Architects (RIBA). 

O curioso é que a cortiça, vista com um material do futuro, é uma matéria-prima natural: a casca do sobreiro, árvore que cresce na região do Mediterrâneo. Entretanto, ela só se torna o produto que conhecemos depois de ser lavada, cozida e seca. 

Método de construção dispensa argamassa

“A casa cheira a floresta de cortiça”, declarou o arquiteto Dido Milne. Em parceria com Matthew Barnett Howland e Oliver Wilton, ele assina o projeto erguido em Berkshire. O local escolhido para abrigar a inovadora morada é um terreno que já conta com uma casa principal. 

Com sala e cozinha integradas, quarto, banheiro e um terraço coberto, a construção compreende cinco volumes. Cada um deles é arrematado por uma pirâmide com topo de vidro, uma claraboia. Assim, os ambientes não dão a sensação de confinamento e recebem mais luz natural. 

Enquanto os alicerces são de aço, a madeira cumpre papel importante no piso, em vigas nas pirâmides e em armários autoportantes. Fora isso, todo o resto – paredes e as pirâmides que formam o telhado – é cortiça. Ou melhor, 1268 blocos feitos de grânulos de cortiça comprimidos e aquecidos. 

Como os blocos são leves e encaixáveis, uma peça trava a outra. Ou seja, não é necessário usar cola nem cimento para fixá-las. Além de facilitar a montagem manual – que em Berkshire foi realizada pelo próprio Matthew Howland –, essa característica permite tanto desmontar as paredes e reutilizar os blocos, como reciclá-los. 

Por trás do projeto, uma boa dose de ciência

Agora que a morada está pronta, ao longo de um ano ela passará por uma avaliação pós-ocupação. Será uma oportunidade e tanto para arquitetos e engenheiros envolvidos no projeto. Eles poderão não apenas comprovar as expectativas de qualidade, mas também corrigir o que eventualmente não funcionar tão bem. 

A Cork House resulta de uma pesquisa iniciada em 2014 para investigar a utilização da cortiça na construção civil. Essa pesquisa, que tem à frente Matthew Howland, une saberes e interesses do meio acadêmico e da indústria. O objetivo final é ambicioso: desenvolver um sistema construtivo sustentável e comercializável. Um sistema que dispensa a sequência de camadas de materiais típica das obras convencionais. Afinal, o bloco de cortiça é ao mesmo tempo estrutura, isolamento, superfície externa e acabamento interno. 

“A Cork House é uma resposta inovadora e instigante para questões urgentes sobre os materiais com os quais construímos”, explicam os arquitetos. Eles ainda não têm como dizer o quanto a casa vai durar, mas estão otimistas. “Podemos construir uma arquitetura verdadeiramente sustentável”, afirma Howland.

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Casa Nua: você sabe o porquê desse nome?

Postado por MMM em 23/abr/2019 -

Se você não estudou arquitetura, é provável que desconheça a expressão “a verdade dos materiais”. Mas ela habita o discurso dos seguidores de Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, mestres modernistas brasileiros. E talvez, também, a fala de quem nasceu e vive longe, como o casal Tamar Jacobs e Oshri Yaniv, de Israel. Ao menos a prática dos fundadores do escritório Jacobs Yaniv Architects aponta para essa dedução, com obras que deixam aparentes os materiais que as constituem. Daí o nome Casa Nua, que Tamar e Oshri deram a esta residência, a segunda de uma série.

A escolha dos materiais foi feita com o objetivo de trabalhá-los em seu estado básico e simples, celebrando a forma e a estrutura em sua condição mais sincera”, dizem os arquitetos. “Os mesmos materiais são transportados para dentro da casa, confundindo os limites entre o interior e o exterior.

Os autores do projeto se referem tanto às paredes de concreto aparente como às vigas de aço que cruzam o teto, suportando o telhado. Estas vigas se prolongam até o jardim e, acrescidas de uma malha de aço, formam uma pérgola. Pérgola que cria belo jogo de sombra e luz ao filtrar os raios solares que chegam ao deck.

Mas há, igualmente, os grandes painéis de vidro marcando a fronteira entre dentro e fora. Ou melhor, entre a sala multiuso e o campo extenso que se oferece ao olhar. Quando o casal com dois filhos quer privacidade ou mais sombra, persianas internas são acionadas. Ainda resta, porém, uma faixa de vidro mais alta, responsável por emoldurar as variações de cor do céu.

Planta simples prioriza a luz natural e a vista

Com um único pavimento, “a casa não domina os moradores e a escala da rua”, afirmam os arquitetos. Quem vê a fachada discreta, com três recortes envidraçados, não imagina o espaço que ela esconde. Nem suspeita que os ambientes sejam tão claros e naturalmente arejados. Ou que se abram todos para a paisagem.

Os três quartos da família voltam-se para a frente. Enquanto isso, o lado oposto é ocupado por um salão, onde fica a entrada principal. No salão tudo se integra como em uma imensa varanda: cozinha com balcão, sala de jantar e estar.

Existe, ainda, uma área que os arquitetos conceberam como um canto reservado para conversas entre amigos. Um canto que, na verdade, é uma extensão do salão. O que o diferencia são o extenso banco de concreto e a salamandra preta, usada nos dias mais frios.  

Se de um lado estão os quartos e, do outro, a ala social, consequentemente sobra a faixa do centro. Ali concentram-se os banheiros, closets, área de serviço e dormitório de hóspedes. Todos igualmente claros, como se nota nas fotos.

Da arquitetura para a decoração

As peças abaixo – selecionadas nos sites da Meu Móvel de Madeira e da Oppa – me remetem à Casa Nua de Israel. Enquanto a estante, as prateleiras e a mesa lateral equilibram harmoniosamente madeira e metal, o sofá se vale da resistência dos pés metálicos e a luminária não tenta esconder nada: nem o fio, nem a lâmpada. A beleza não escapa a detalhes assim.

1. Estante Legno Completa, da MMM
2. Sofá Oásis de três lugares, da MMM
3. Kit com duas Prateleiras Sabor Caseiro Grande, da MMM
4. Mesa lateral Fractal, da Oppa
5. Luminária com presilha Funchal, da Oppa

Hoje o jantar é no fundo do mar

Postado por MMM em 08/abr/2019 -

Quando abriu ao público, em 2 de abril, o Under já tinha reservas esgotadas até setembro. O chef Nicolai Ellitsgaard promete uma culinária inventiva, rica em ingredientes locais, como exóticos caranguejos e lagostas.

Por mais surpreendente que seja a comida, no entanto, nada causa tanto assombro quanto a construção parcialmente submersa. Ou quanto a janela de 11 x 3 metros que coloca cara a cara seres humanos e marinhos. É a curiosidade de se sentar à mesa 5,50 metros abaixo da superfície do mar que está garantindo casa cheia nas quatro noites de funcionamento semanal do restaurante.

Criado pelos arquitetos do escritório norueguês Snohetta, o Under é uma estrutura de 1600 toneladas de concreto. Suas paredes, levemente arqueadas nas bordas, têm 50 centímetros de espessura, enquanto a janela mede 30 cm. Só assim para resistir à tremenda pressão exercida pelas águas turbulentas da costa acidentada do sul da Noruega.

Em entrevista à CNN, o arquiteto Rune Grasdal conta que foi longo o percurso até o desenho definitivo. “Inicialmente, passávamos muito tempo em projetos muito complicados. Mas, depois, acabamos fazendo as coisas de modo bem mais simples. É apenas um tubo de concreto que traz as pessoas da terra até o mar. Quando chegamos a essa conclusão, foi um alívio.

Janela para a vida marinha

O aeroporto mais próximo está a cerca de 70 km. A capital, Oslo, a cinco horas de carro. Até hoje, quem visitava a pequena comunidade de Baly queria apenas desfrutar de um verão calmo. Era gente que chegava das maiores cidades do país em busca do cenário natural.

Tudo isso deve mudar, já que o Under espera receber turistas do mundo inteiro em seu espaço de 495 m². Pessoas que podem pagar pela viagem e por um menu de aproximadamente R$ 1 mil. Em troca, desejam não apenas um jantar memorável, mas também a visão de focas, cavalas, ouriços, patos e companhia.

Para tanto, luzes externas são estrategicamente posicionadas a fim de atrair os animais, enquanto as internas são dimerizadas para ajustarem-se às condições da iluminação natural. E a janela é frequentemente limpa por mergulhadores.

Mas só ela, porque a intenção é que o casco de concreto aos poucos cubra-se de algas e mexilhões e funcione como um recife artificial de corais – como acontece com embarcações que naufragam. Aí certamente mais e mais espécies se aproximarão em busca de alimento.

Por essa razão, os donos do Under pretendem que o empreendimento também funcione como um centro de pesquisa marinha. E afirmam que disponibilizarão a equipes interdisciplinares de pesquisadores as ferramentas de medição instaladas dentro e fora do edifício. Assim os estudiosos poderão documentar a população marinha, observar seu comportamento e conhecer melhor a diversidade de espécies na vizinhança do restaurante. 

Mas só ela, porque a intenção é que o casco de concreto aos poucos cubra-se de algas e mexilhões. Aí certamente a estrutura ficará mais parecida com um maciço rochoso que emerge das águas.

Materiais e cores internos dialogam com o exterior

Erguida acima das pedras, uma passarela de aço de 12 metros dá acesso à entrada da construção. No hall, as paredes de carvalho lembram a arquitetura de um barco e fazem a transição para o interior.

A ideia era ter um gradiente de cores”, explica a arquiteta de interiores Heidi Pettersvold Nygaard. “Um gradiente começando no alto com os matizes claros e chegando aos mais profundos no fundo do mar.

Assim, a escada para o mezanino leva a um bar de champanhe em tons quentes de rosa e laranja, que evocam conchas e a areia da praia. Uma janela lateral estreita reforça a intenção, pois fica metade acima, metade abaixo da linha d’água.

Continuando na escada, descortina-se o palco principal do espetáculo, a sala de jantar e seu imenso visor transparente. Ela tem painéis acústicos em azul e verde que se inspiram no mar agitado e em algas marinhas. O que sugerem, porém, é uma sensação de serenidade. “O que eu acho importante é a atmosfera calorosa. Você tem esse forro de tecido, materiais naturais como o carvalho, boa acústica e iluminação. Tudo isso junto cria um clima agradável”, diz Rune Grasdal.

Entenda como o restaurante foi construído

A fundição do tubo de concreto aconteceu em uma barcaça a 20 metros do local de instalação do Under. Então ele foi preenchido com água para afundar mais facilmente, inclinado em um ângulo de 20 graus. Esse procedimento também permitiu o ajuste perfeito de todas as partes da estrutura.

Rebocada até o endereço definitivo, a estrutura foi presa a uma laje de concreto ancorada no leito rochoso. Depois de ser drenada a água, foi realizado o acabamento interno e a montagem dos espaços. Só então o Under se transformou no Under.

Da arquitetura para a decoração

Desta vez, a inspiração para a minha seleção de peças vem do gradiente de cores que o projeto do Under proporciona. Lindo demais, não?

Sofá Oásis azul, de três lugares, da Meu Móvel de Madeira

Tapete Espaço azul, de 1 x 1,50 m, da Meu Móvel de Madeira

Cadeira Rosini laranja, da Oppa

Banqueta alta Domingos, no tom turquesa, da Oppa

Adesivo de parede Minerva, rosa, da Oppa

Puff Pitanga laranja, da Oppa

Plantas comestíveis crescem na casa urbana

Postado por MMM em 30/dez/2018 - 1 Comentário

Ao se aposentar, muitos pensam em mudar-se para uma cidade pequena ou, quem sabe, comprar uma casinha na roça. Com os donos desta casa não foi muito diferente, exceto pela localização. Eles levaram o ideal de cultivar os próprios alimentos para uma metrópole, mais precisamente para Kuala Lumpur, a capital da Malásia.

E não para um terreno grandão, na periferia da cidade. Mas, ao contrário, para um lote urbano de mais ou menos 7 m de frente e 22 m de comprimento. Isso mesmo: cerca de 150 m². Convicto de que desejava uma casa o mais autossuficiente possível e uma vida sustentável, o casal de aposentados encomendou o projeto arquitetônico ao escritório local Formzero.

Assim nasceu a Planter Box House, “uma redefinição da casa tropical contemporânea”, como afirmam seus autores. É uma morada que possui sala, cozinha, banheiros, quartos e home office como outra qualquer.

Diferentemente das demais, porém, nas extremidades de seus três andares empilham-se grandes caixas de concreto que funcionam como canteiros.

Nelas o casal planta e colhe mais de 40 espécies comestíveis, a base de sua alimentação. Cada caixa retém a chuva que cai, o que faz delas pequenos reservatórios de irrigação. Um sistema conecta todos os canteiros, permitindo controlar o volume de água em cada um. Ventilação e iluminação naturais também não faltam às plantas.

Poucas divisórias, muita integração

Este projeto serve como uma valiosa oportunidade e experiência – não apenas para o cliente aprender sobre agricultura em um ambiente tropical, mas também para a comunidade do entorno”, dizem os profissionais do Formzero.

Para alcançar seu “roçado urbano”, os moradores só precisam cruzar as portas envidraçadas entre os ambientes internos e os terraços. Eles estão presentes em todos os andares, na frente e nos fundos da construção.

O telhado, além de local de plantio, é fonte de luz e ar para o interior. Isso porque inclui uma claraboia sobre o vão da escadaria metálica que comunica os diferentes pavimentos. Neles, os ambientes se mantêm fluidos e integrados.

Externamente, a casa se vale do próprio material que lhe dá forma, o concreto, como acabamento. Algo muito comum na arquitetura contemporânea do Brasil, por exemplo. O que não vemos por aqui, entretanto, é a superfície áspera e estriada da Planter Box House. Sabe como tal visual foi obtido? Com o uso de formas de bambu, matéria-prima natural e sustentável que começamos a descobrir muito recentemente.  

Aliás, este projeto mostra que ainda temos um bocado a descobrir quando o assunto é ter uma vida mais sustentável, não?

Da arquitetura para a decoração

As escolhas de hoje são por produtos que, de diferentes maneiras, nos colocam em contato com a natureza e nos ajudam a cuidar dela.

Suporte Aro, para duas bicicletas, da MMM: andar menos de carro e pedalar mais faz bem para a saúde humana e do planeta.

Floreira Lisianto, auto-irrigável, da Oppa: você abastece a água e a planta puxa a quantidade de que necessita.

Estante Holi, da MMM: para montar um pequeno canteiro verde.

Poltrona Bertini, da Oppa: feita de eucalipto reflorestado e certificado pelo Ibama.

Jardim Vertical Garden, da MMM: um toque lúdico para o seu quintal.

Esta casinha no México pode virar uma casona

Postado por MMM em 12/nov/2018 -

O clima na cidade de Santa Catarina, no nordeste mexicano, é seco, como bem se percebe pelas fotos. Entretanto, há momentos em que a umidade visita a região. É quando a água corre volumosa pela depressão que marca este terreno em plena cadeia montanhosa.

Para não perder nada dos diferentes espetáculos proporcionados pela natureza, um casal decidiu que era ali, a poucos metros do acesso à depressão, que faria sua casa de fim de semana.

Hoje ela tem apenas 84 m², o tamanho que coube no bolso dos proprietários. Mas um dia poderá ser estendida, transformando-se na casa suspensa por eles imaginada, com vistas ainda mais diversificadas.

Quem idealizou o projeto dos sonhos e também a versão possível foi o arquiteto David Pedroza Castañeda. A proposta que foi construída conta com dois pequenos volumes – erguidos em diferentes níveis –, que se sobrepõem parcialmente.

No maior, em cima, aquela que seria a suíte principal funciona como sala, cozinha e banheiro.

Semienterrado, o bloco de baixo atualmente configura as dependências do casal, porém servirá como suíte de hóspedes no futuro.  

São os vários terraços que fazem a construção parecer maior. O mais alto, com acesso por uma escada externa, fica sobre o módulo social e é de onde a vista se revela mais impressionante.

O estar também tem o seu mirante, sobre a extremidade do quarto.

A suíte conta com outro terraço, coberto pela sala de jantar em balanço (não se apoia nem no chão nem no bloco inferior). É quase um pátio, envolvido como está por algumas paredes. E ainda desfruta da proximidade de um enorme pinheiro e da vizinhança dos cedros.

O quarto terraço, descoberto, ocupa a outra lateral da suíte, de onde parte a escada para a garagem e a sala.

Tão simples e neutros quanto as formas da casa são os seus materiais: cimento, concreto e pedras tiradas do local. “A materialidade sóbria e pura dos interiores e exteriores sublinha a beleza da paisagem e faz com que ela seja protagonista dos espaços”, diz o arquiteto em seu texto sobre o projeto. Alguém discorda?!

Da arquitetura para a decoração

Uma casa pensada para crescer para os lados me remete de imediato a móveis extensíveis ou modulares. Então são eles que orientam a seleção de hoje.

Oppa

Que tal ir montando sua estante aos poucos, conforme sua necessidade e disponibilidade financeira? Usando os Módulos Box isso é fácil, pois são muitos os modelos e cores, todos componíveis.

No ambiente da foto, foram usados os seguintes itens:

  • 60 x 37 cm – com portas, nas versões Trigo (com portas brancas) e Amêndoa com Grafite.
  • 60 x 37 cm – com gavetas, na versão Amêndoa com Grafite
  • 60 x 37 cm – vazado, na versão Grafite
  • Adega, nas versões Trigo e Amêndoa
  • 30 x 37 cm, na versão Amêndoa

Entre os versáteis estofados modulares da marca, escolhi o Modus, bem quadradão e com braços alinhados ao encosto. A variedade de módulos permite diversas combinações.

Para quem dispõe de pouco espaço, mas precisa estar preparado para receber um hóspede, a dica é o Sofá-Cama Liberdade. Ele soma uma base articulável de madeira e um futon que, aberto, fica com 1,91 x 1,30 m.

A Bicama-Sofá Juqueí é, na minha opinião, ideal para quartos de bebê. De dia, funciona como sofá. De noite, tanto pode se transformar em cama de casal – basta acionar os pés do módulo inferior – como em duas camas de solteiro, uma mais alta e outra mais baixa.

Quem mora sozinho encontra na Mesa Extensível Pipa uma solução compacta para o dia a dia, já que ela mede 50 x 70 cm. Mas se houver um convidado, basta desdobrar o tampo, que fica com 100 x 70 cm.

Famílias precisam de mesas um pouco maiores, como a Mesa Extensível Juriti. Quando aberto, o tampo passa de 1,39 m para 1,89 m.

Meu Móvel de Madeira

O Sofá-Cama Sono é pura praticidade: para abri-lo, basta forçar o encosto para trás. Assim garante-se uma cama de 1,96 x 1,30 m.

O tamanho da Escrivaninha Extensível UP às necessidades e ao espaço disponível. Sua largura mínima é de 80 cm e a máxima, quando se puxa o tampo, 120 cm.  

Sempre cabe mais um à mesa, principalmente na Mesa de Jantar Extensível Euro. Com 1,20 m de largura, ela inclui dois extensores, o que permite aumentá-la de um único lado (ficando com 1,60 m) ou dos dois (2 m).

Você quer uma mesa extensível, mas precisa que ela seja redonda? Então opte pela Tea, que cresce de 1,15 m de largura para 1,55 m.

Casa ou garagem? As duas coisas em uma!

Postado por MMM em 15/out/2018 -

Da rua, o endereço parece um galpão. Tem fachada de metal ondulado preto, janelas na porção superior e porta de garagem que se abre para cima. Mas uma portinha estreita, em um dos cantos, faz suspeitar que estamos diante de algo diferente. De fato, a construção em Carlton North, na Austrália, pode ter a função que seus donos quiserem – quando quiserem. Isso porque foi planejada pelo escritório Foomann Architects para ser totalmente flexível no uso, como os clientes indicaram.

Acostumado a morar com outras pessoas, quando comprou a própria casa, o jovem casal não quis abrir mão do estilo de vida em comunidade que levava há tantos anos. Consequentemente, decidiu aproveitar os fundos do terreno – que dá para outra rua – para erguer uma segunda casa. Com 99 m² e separada da construção principal pelo jardim compartilhado, ela é perfeita para ser alugada a amigos.

Se um dia for preciso dar mais privacidade a cada morada, o próprio paisagismo pode se encarregar da função. É só plantar espécies apropriadas a cercas naturais junto à mureta de arenito que forma um degrau alto no centro do quintal.

Também existe a possibilidade de os proprietários se cansarem desse jeito de viver. Ou pode ser que, ao terem filhos, sintam a necessidade de mais espaço e de contar com um carro. Se isso acontecer, a garagem já está pronta, no térreo da segunda construção. Outra opção de uso para esse pavimento, segundo os arquitetos Jamie Sormann e Jo Foong, é como estúdio de trabalho.

Inteligência na obra e no uso da casa

Embaixo, uma pequena cozinha agrega funcionalidade ao espaço único, hoje decorado como uma confortável sala. Mas uma sala onde uma moto estaciona junto à porta de garagem, ao lado da mesa de jantar. Já que a ideia é ter um espaço de uso flexível, todo o mobiliário é solto.

O que a fachada da frente tem de reservada, a dos fundos tem de hospitaleira. Ali, caixilhos envidraçados autorizam a entrada de luz natural e integram o ambiente social ao jardim. A ventilação cruzada aparece quando se ergue um pouquinho a porta da garagem.

Já o andar superior reúne banheiro, armários e um quarto que pode ser transformado em dois – basta acrescentar uma divisória de drywall.

Fazer uma obra econômica era requisito dos clientes. Por isso os arquitetos propuseram erguê-la com estrutura de madeira reciclada. Escolheram um tipo de eucalipto extremamente duro comum na Austrália, o eucalipto paniculata, também presente no Brasil.

As paredes que formam os muros laterais levam tijolos, também usados. Pintados de branco, eles contrastam com as chapas metálicas pretas que revestem frente e fundos. Um painel de policarbonato translúcido, instalado na fachada de trás, compõe a varanda dos quartos.

A parede limite angular aponta para a entrada interna e mitiga a massa da edificação”, explica o time do Foomann. “É também um bom elemento gráfico que reduz o volume inutilizável acima da escada.

Por fim, veja um vídeo da obra feito pelos arquitetos.

Lygon Timelapse Walkthrough from Foomann Architects on Vimeo.

Da arquitetura para a decoração

#1 Junte quatro Cadeiras Melissa de couro preto (Oppa), uma Mesa Mezuri branca (MMM) e uma Cristaleira Garbo (MMM) para a sua sala de jantar ficar entonada com a casa da Austrália.

#2 Aprimore o mix acrescentando ao estar um Rack Iberê (Oppa), um Sofá Afago (MMM) e uma Mesa Lateral Gemini (Oppa).

#3 E não se esqueça dos complementos: Tapete Argola (MMM), Luminária de Piso Orfeu (Oppa) e Biombo Elástico (MMM), se quiser fazer uma separação tênue entre o estar e o jantar.

Era uma casa muito estreita…

Postado por MMM em 06/ago/2018 -

Pedalando por Roterdã, os arquitetos holandeses Nina Aalbers e Ferry in’t Veld, do Architectuur Maken, encontraram um pedacinho da terra desocupado entre construções de diferentes épocas. “Procuramos o governo local com um e-mail que questionava: ‘Podemos construir aqui?’ Em seguida tivemos a resposta: ‘Sim, por favor!’”, conta o casal no site de seu escritório.

O tal do pedacinho de terra é pequeno mesmo: tem 4,65 m de largura e 9 m de comprimento. Se não podia crescer no plano horizontal, a casa precisou crescer verticalmente, o que a levou a ficar com quatro andares, totalizando 120 m².

Cada andar se destina a uma função. No térreo, cozinha e sala de jantar são integrados em um espaço que tem, nos fundos, um microquintal. Aliás, você sabia que mesmo em um espaço compacto é possível ter uma horta vertical? O último andar foi reservado à sala de estar, enquanto os pavimentos intermediários trazem banheiro, escritório e quarto. Nada mais.

Como não há divisórias no meio de cada andar e a escada fica rente a uma das laterais da construção, as poucas janelas – porém grandes – acabam levando luz farta aos ambientes.

Os acabamentos não poderiam ser mais simples: paredes e piso de concreto aparente e, no banheiro, azulejos turquesa.

Mas é no revestimento das fachadas que surge a inovação do projeto pois, apesar de se parecerem tanto com os tijolinhos das construções vizinhas, os desta casa são feitos de uma mistura que não leva apenas terra e água. “Eles são formados de resíduos de construção, como vidro, cerâmica, vasos sanitários e telhas”, explicam Nina e Ferry, os primeiros a usar o revestimento fabricado pela startup StoneCycling.

Quinze toneladas de materiais que seriam jogados em aterros sanitárias foram reciclados e se transformaram em um novo produto, o WasteBasedBrick, totalmente afinado com o jeito lde construir na Holanda.

E sabe em quanto tempo a obra ficou pronta? Os arquitetos respondem: “O contratado começou a construir em março de 2016 e terminou em julho de 2016”.

Preciso falar mais alguma coisa?

Da arquitetura para a decoração

É a qualidade do traço arquitetônico simples que mais uma vez me inspira e me faz traçar um paralelo com móveis e acessórios que vestem a casa com muita eficiência.

  1. Escrivaninha Garbo, da MMM
  2. Sofá Vito, da Oppa
  3. Mesa lateral Pad, da Oppa
  4. Adega Lótus, da MMM
  5. Cadeira Poti, da MMM
  6. Tapete Teia, da Oppa

Um hotel no país da copa

Postado por MMM em 11/jun/2018 -

Como as partidas do mais importante evento do futebol acontecem durante o verão europeu, a seleção não verá a neve branquinha que cai durante 1/3 do ano na região onde fica o Hotel Tochka na Karte, em Priozersk.

A paisagem natural formada pelo bosque de pinheiros e pelo encontro do rio Vuoksi com o lago Ladoga foi determinante para o projeto desenvolvido em vários módulos (de um e dois andares) ora implantados em pares desalinhados, ora conectados por escadas externas e terraços.

Assim os arquitetos do Rhizome Group puderam acomodar o prédio da recepção, os quartos duplos e as suítes entre as árvores existentes, sem precisar cortá-las nem abrir mão do melhor do local: a vista do lago alcança todos os quartos por meio de painéis envidraçados que vão do chão ao teto.

O projeto inova no sistema construtivo, já que os módulos de 3,50 x 7 m foram montados em fábrica e chegaram ao terreno com todos os acabamentos internos, as instalações sanitárias e as redes (elétrica, hidráulica, de aquecimento e de telefonia) prontas, pedindo apenas a conexão nas redes externas. A fim de que a arquitetura não competisse com a natureza, as paredes levam madeira e metal escuro.

“Atualmente, este projeto é o único caso da arquitetura modular de instalações públicas no território da Rússia que possui um valor arquitetônico real. Acreditamos que conseguimos alcançar a essência de um lugar inerente à modernaarquitetura nórdica”, declaram os arquitetos do escritório Rhizome em seu website.

Da arquitetura para a decoração

Não é a primeira vez – nem será a última – que destaco um projeto arquitetônico que se vale de um desenho simples e de tons sóbrios para deixar a paisagem sobressair, livre de concorrência. Mas acho que hoje eu me valho dessa ideia para selecionar móveis que não pretendem roubar a cena, mas valorizar o conjunto como um todo.

Por isso, separei quatro ambientes pra você torcer nos jogos!

1. Poltrona Ibirapuera
2. Almofada Melina
3. Banco Champagne

1. Rack Miolo
2 e 3. Banco Nó

1. Ibirapuera 3 Lugares
2. Tapete Cubos
3. Mesa de Centro Biscoito Fino
4. Mesa Lateral Biscoito Fino
5. Banco Champagne
6. Luminária Funchal

1. Sofá-cama Sonho Rajada
2. Aparador Bar Fira
3. Mesa de Centro Garbo
4. Puff Botão