Esta casa é autossuficiente!
Postado por MMM em 14/maio/2018 -
Quem não gostaria de se ver livre das contas mais básicas que resultam do funcionamento de uma casa? Acho que todo mundo, né? Mas são poucos os que fazem como o casal Carol Horst e Bruce Shaver, moradores da Califórnia. Eles encomendaram a um grande escritório de arquitetura de Seattle, o Olson Kundig, um refúgio de férias 100% autossuficiente. Um refúgio para os encontros com os dois filhos adultos em pleno Deserto do Mojave, onde as temperaturas são sempre desafiantes: ou tórridas no verão ou congelantes no inverno.
Nenhum desses extremos é problema, pois a construção batizada como Sawmill foi pensada para lidar com eles. Enquanto telhadão sobre o coração da casa – a ala social, onde a família se reúne – aumenta a área sombreada e reduz a entrada do calor, o grande painel envidraçado na fachada principal é aberto para acolher todo o vento fresco que sopra naquela direção, refrescando o interior. Já no frio, a lareira entre as salas de estar e jantar vira protagonista, pois manda ar quente para o piso e para as paredes de blocos de concreto, distribuindo o calor pelos ambientes.
Para produzir toda a eletricidade de que os moradores e a casa precisam, foram instaladas em uma área a poucos metros da construção placas fotovoltaicas que captam a energia do sol. Se o equipamento der defeito ou o tempo ficar fechado por mais de uma semana, entra em ação um sistema a gás. Mas, no dia a dia, esse combustível só é útil para cozinhar. A água, por sua vez, é bombeada do lençol freático (usando, para isso, a energia fotovoltaica!), recolhida em um tanque e, a partir dele, direcionada por gravidade para a cozinha e os banheiros. Depois de utilizada, ela é tratada por um biodigestor e então retorna limpa ao solo.
Concluída em sua maior parte em 2014, a Sawmill já demonstrou que não é autossustentável apenas no papel: na vida real, tudo o que o projeto prometia aconteceu e os proprietários não poderiam estar mais satisfeitos. “É um prazer dirigir até lá, não tendo visitado o local por três semanas, e perceber que há eletricidade e a cerveja está gelada na geladeira”, declarou Bruce à revista Dwell, em reportagem publicada em novembro de 2017.
Projeto que vale prêmios
A comprovação da eficiência da proposta foi um dos aspectos considerados pelo júri da premiação COTE Top 10, ou, como é mais conhecida, Top 10 Sustainable Designs for 2018 (Os 10 Projetos mais Sustentáveis de 2018), que divulgou na primeira semana de maio os vencedores – entre eles, a casa de Carol e Bruce assinada pelo arquiteto Tom Kundig, do Olson Kundig. Mais recente entre as honrarias recebidas pela Sawmill, o prêmio, concedido pelo AIA-American Institut of Architects e pelo COTE-Committee on the Environment, é aberto a projetos de arquitetos americanos realizados em qualquer lugar do mundo.
Não foi apenas o desempenho das instalações da casa que impressionou os jurados, mas também a forma como a arquitetura foi concebida e executada, valendo-se de itens reciclados, revestimentos só quando estritamente necessários e de materiais econômicos. Inicialmente, a construção seria de concreto moldado na obra, mas arquitetos e clientes mudaram de ideia quando se deram conta de que a substituição por blocos de concreto reduziria o gasto com as paredes em quase 50%.
As 25 toneladas da estrutura metálica foram reaproveitadas de uma fábrica de cimento desativada na região – a economia, só nesse item, foi de US$ 40 mil, segundo o escritório Olson Kundig. A roda e a engrenagem que movem o painel envidraçado, originalmente parte de uma bomba d’água, estavam abandonadas. Recuperadas de um galpão no terreno, também saíram de graça as madeiras transformadas em portas, degraus de escada e mesa de jantar.
Tantas qualidades mereceram comentários elogiosos do júri do COTE “Esta casa captura a fenomenologia de viver no deserto com o uso de materiais simples, frugais e recuperados. O conceito e a composição são elegantes, porém diretos (…) Se uma habitação unifamiliar for construída num clima desértico, é assim que se faz. A casa, através de sua simplicidade de tirar o fôlego, proporciona uma conexão calma, mas muito inteligente, com esse lugar profundo e ocasionalmente hostil”.
Quer reduzir o lixo? Veja nossa série de dicas aqui!
Para ver mais detalhes deste projeto e conhecer os outros vencedores, clique aqui.
Da arquitetura para a decoração
É justamente o dueto composição elegante e simplicidade de tirar o fôlego, mencionadas pelo júri, que me inspira hoje: os móveis e acessórios que selecionei se valem dessas mesmas características e ainda lembram a casa por suas tonalidades, linhas e materiais.
- Sofá-Cama Sonho, da MMM;
- Mesa de centro Jamile, da Oppa;
- Tapete Albuquerque, de algodão, da Oppa;
- Cristaleira 1 Porta Garbo, da MMM;
- Banqueta Lucy, com estrutura de aço, da Oppa;
- Espelho Ametista, com prateleiras, da Oppa;
- Prateleira Brisa, da MMM;
- Estante de Parede 45 Nichos, da MMM
Até o próximo post!
Beijos!
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