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Móveis modulados e planejados – Qual é a diferença?

Postado por Emylly em 13/out/2021 -

Nosso cantinho, nossos móveis queridos. Todo espaço seja ele novo ou não, merece receber móveis funcionais que auxiliam na rotina e deixam o ambiente com carinha de lar. De madeira, metal ou do material que for, o importante é você se sentir bem no seu cantinho.

Você sabe realmente a diferença entre eles? É simples!

Primeiramente há diferença entre os móveis modulados e os planejados? Sim, existe diferença. Resumidamente, os modulados são aqueles com medidas e modelos padrão disponíveis nas lojas de varejo que você encontra facilmente no mercado. Já os móveis planejados são feitos desde o início pensados em você e no seu espaço, do jeito que você preferir. Há possibilidade de usar diversos materiais e várias cores dependendo do espaço e orçamento disponível.

Características e benefícios de cada categoria de móveis

  • Modulados

Os famosos móveis soltos que você pode comprar por peça, ou todos de uma vez. Feitos em medidas, cores, materiais e modelos padrão podem parecer limitados, mas te garanto que com a variedade extensa abre possibilidades de fazer diversas criações únicas e funcionais.

Móveis modulados e planejados.

Um dos pontos positivos – que convenhamos que é muito positivo mesmo – é a possibilidade de levar contigo TUDO quando há necessidade de diversas mudanças de lar. Foi de um apartamento pequeno para um grande? Não tem problema, escolhe mais um armário para aquele cantinho, ao lado da pia uma fruteira…

Já o valor do investimento é de 30 a 90% mais barato que um móvel planejado, ótimo para seu primeiro lar e para quem não quer gastar muito nos móveis, mas arrasar na décor.

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  • Planejados

Feitos sob medida, ocupam muito menos espaço no seu ambiente. Perfeitos para apartamentos e casas próprias (não que no alugado não possa, você pode tudo! Mas para evitar deixar os seus móveis queridos para trás…) são escolhas para um longo tempo, pois demandam um investimento muito maior que os móveis modulados.

Para escolher os móveis e não cair em arrependimentos depois, faça um bom planejamento. Escolha o material, as cores, os jeitos, puxadores e o que for necessário. Ah! Sempre procure a ajuda de um bom profissional. Essa opção é um ótimo custo-benefício!

Móveis modulados e planejados.

Enfim, é importante lembrar que esse tipo de móvel leva um tempo maior para produção, ao contrário dos móveis modulados. Por isso lembre-se do planejamento!

Por fim, já sabe qual vai ser a sua escolha? Móveis modulados ou planejados? Conta aqui pra gente nos comentários.

Checklist da minha primeira mudança

Postado por MMM em 26/fev/2020 -

Toda mudança gera um misto de ansiedade, animação, receio, preocupação, estresse, alegria… Enfim, muitas sensações. Imagina, então, quando falamos da primeira mudança na vida de uma pessoa – toda uma casa nova para decorar, vários ambientes esperando para serem preenchidos com móveis, cores e vida.

Para não cair em ciladas nessa nova etapa da vida, algumas dicas podem auxiliar a deixar esse momento menos estressante.

Faça um levantamento de todos os móveis que você julga necessários: destes, quais você já tem? Quais precisa comprar? Quais são primordiais para as primeiras semanas e quais podem esperar mais um pouco?

É importante também saber as medidas da nova casa. Assim será mais fácil saber se dar para levar algum móvel da onde você mora atualmente ou se terá de doar ou vender algo. Ter conhecimento das medidas do novo imóvel é fundamental também para planejar o espaço e comprar os móveis e itens que irão compor os ambientes.

Inspiração de sala de TV aconchegante.

Primeira mudança: capriche no enxoval

Atentar para o enxoval também é de suma importância, uma vez que são peças essenciais na rotina da nova casa:

  • utensílios de cozinha
  • roupa de cama, cobertores e edredons, travesseiros
  • cabides de roupa
  • toalhas de banho e de rosto
  • lixeiras
  • vassoura
  • rodo
  • pá de lixo
  • panos para limpeza
  • pregadores
  • varal de roupa
  • baldes
  • kit de primeiros socorros para qualquer emergência
  • adaptadores, extensão e pilhas

Veja uma lista completa de enxoval aqui!

Um detalhe que faz toda a diferença: saber a voltagem das tomadas e se você precisará modificar alguma dentro da casa para adaptar melhor algum equipamento.

Falamos sobre ter extensões para facilitar, mas também é preciso prestar atenção à quantidade de tomadas em cada cômodo e como isso será em sua rotina.

Inspiração de quarto de casal branco e rosê.

Sua casa com sua cara

Na escolha de todos esses itens – de móveis a utensílios – já é bacana pensar na personalidade de quem irá morar ali, e reforçar isso por meio dos itens de decoração! Às vezes, nem é preciso gastar muito: uma mudança de cor em um móvel antigo já ajuda deixá-lo mais a nossa cara (veja mil ideias em nossos posts de DIY); quadros e pôsteres na parede; nova cor nos ambientes; pequenos objetos aqui e ali…

É importante que a nova casa transmita aquilo de que gostamos até para facilitar a adaptação – e não bater muita saudade do aconchego da casa dos pais, por exemplo!

Inspiração de cozinha pequena e funcional.

+Veja também: dicas para decoração de kitnet.

Informação é tudo na primeira mudança

Com essas ideias e o planejamento em vista, antes de começar sua primeira mudança, informe-se: se for viver em um prédio, verifique com o síndico os horários permitidos para começar a trazer as coisas.

De posse dessa informação, também é possível agendar com os montadores que cuidarão da estruturação dos móveis de maior porte.

Atenção! Comunique ao condomínio o horário e o nome da empresa que irá levar os móveis e realizar serviços em seu novo apê.

Outra questão burocrática – que precisa ser resolvida não apenas por quem irá realizar a primeira mudança, mas qualquer um – é transferir as contas de endereço.

 

Muitos outros pontos surgirão  ao longo das primeiras semanas em uma nova casa, mas estes primeiros já ajudam a não deixar pontas soltas e a não passar aperto! Neste link disponibilizei um checklist para você fazer o download. Nele você encontrará uma lista completa de decoração e utensílios que não podem faltar nos ambientes.

 

Reforma na planta junta churrasqueira, cozinha e sala

Postado por MMM em 27/jul/2019 -

Um apartamento com a planta livre, porém uma planta típica do Rio Grande do Sul: a churrasqueira já estava prevista para ficar dentro de casa. Foi um imóvel assim que um jovem casal de Porto Alegre comprou antes que a construção iniciasse. Por ele esperaram durante dois anos, mas não de braços cruzados. E quando a obra foi entregue, havia pouco a ser feito antes de chegarem com as malas.

Comprei na planta! E agora?

Dois anos antes, a primeira providência tinha sido contratar um escritório de arquitetura para personalizar o imóvel de 107 m². Quantos quartos ele teria? De que tamanho? A cozinha seria fechada ou aberta para a sala? Precisava de lavabo? Precisava de lavanderia? Qual seria o piso de cada área? E as bancadas de pia?

“Fomos definindo tudo enquanto o prédio subia”, diz a arquiteta Luiza Behs, que conduziu a reforma em parceria com os pais, a arquiteta Lisia Behs e o engenheiro Álvaro Behs, da Arqsoft Arquitetura e Engenharia. “Quase sempre é possível modificar tudo depois que a construção está pronta, mas antes é melhor. Assim, evitamos desperdício de materiais, de tempo e de dinheiro. Ou seja, é muito mais sustentável”, defende a jovem profissional.

Como a área de 107 m² foi planejada

Além da própria suíte, os moradores preferiram ter mais um quarto – para hóspedes ou um bebê. Escolheram, ainda, criar uma lavanderia, já que o segundo banheiro se abre para o corredor e serve de lavabo. E como a nutricionista e o cirurgião dentista se divertem cozinhando para os amigos, outra questão importante foi logo resolvida: churrasqueira, cozinha e sala comporiam um único e espaçoso ambiente.

De um lado os quartos, do outro, áreas funcionais

Enquanto o estar alinhou-se com os quartos, no lado oposto da planta a arquiteta organizou as áreas funcionais. Na transição de uma para a outra, projetou a ilha do cooktop, abraçada por uma grande mesa de jantar. Todos os outros equipamentos – refrigerador, fornos, pia, lavadora de louça e churrasqueira –, além de armários, se sucedem ao longo da parede que delimita o apartamento.

À frente da churrasqueira, Luiza ainda instalou uma bancada multiúso. Ou seja, funciona como balcão para petiscos e como área de trabalho. “No trecho de granito o churrasqueiro pode apoiar os espetos sem medo de danificar a superfície”, afirma. Afora ser resistente, a pedra é fácil de limpar e durável. E fez bela parceria com o MDF amadeirado e a estrutura metálica rústica que modelam o móvel. Somando os assentos junto à churrasqueira, à mesa e à frente do cooktop, o casal pode reunir 14 pessoas para comer, sem abrir mão do conforto.

Já que beber também faz parte do cardápio recreativo, tanto uma adega quanto uma cervejeira conquistaram espaço próprio. “Elas foram posicionadas junto ao painel da TV e à lareira, para livre acesso de todos”, lembra a arquiteta. Dessa forma, a área da cozinha ficou mais livre e a sala, convidativa.

Outro recurso valoroso foi criar um segundo ambiente de estar aproveitando a sacada estreitinha. Para isso, bastaram uma cadeira baixa, mesinha, pufes e um banco posicionado às costas do sofá. “Como as esquadrias vão do piso ao teto, usei a sacada como uma continuação da área interna”, explica Luiza.

Visual se compõe de poucos materiais

O gosto dos clientes pelo concreto ditou os acabamentos. O material já estava presente na laje nervurada feita pela construtora e mantida visível em quase todo o imóvel. Só há rebaixo de gesso onde foi preciso acomodar o sistema de automação e os dutos de ar condicionado e de exaustão do próprio apartamento. E também onde passam as instalações sanitárias do imóvel de cima.

A aparência do concreto referenciou o piso de porcelanato e a pintura texturizada do hall de entrada. A esses acabamentos se somou a marcenaria da área social, ora em padrão amadeirado, ora grafite. Além disso, outros tons de cinza deram conta dos estofados, dos azulejos acima da pia da cozinha, de cortinas e tapetes.

Logo depois, no quarto, os armários conjugam superfícies brancas e espelhadas. Para trazer aconchego, o chão recebeu um revestimento que é uma lâmina de madeira colada no contrapiso. “Ao contrário dos pisos laminados tradicionais, este não é do tipo flutuante. É melhor porque não faz aquele barulhinho característico quando a gente anda com salto”, explica Luiza, que harmonizou o material com o marrom do porcelanato e do gabinete do banheiro.

Por fim, vasos com plantas de vários tamanhos completaram a decoração, trazendo a energia da natureza para um apartamento cheio da energia de seus moradores.

3 cozinhas integradas (a #2 é a minha favorita)

Postado por MMM em 14/maio/2019 -

Cozinhas integradas à sala são motivo de valorização de um imóvel na hora da venda. Mas, para isso, caprichar em seus acabamentos é obrigatório. Ao planejar a cozinha, em vez de pensar nela como um ambiente de serviço, imagine-a como um espaço onde receberá amigos e familiares. Ela precisará ser acolhedora, bonitona e prática – tudo isso ao mesmo tempo.

Depois de ver algumas regrinhas a respeito dos acabamentos, conheça três belos exemplos de cozinhas integradas.

Dicas para escolher materiais e eletrodomésticos

  1. Harmonize os revestimentos da cozinha com os da sala. Ou seja, trate-os como um ambiente único e eleja um mesmo estilo para toda essa área.
  2. Revestir o chão com um só piso garante um visual uniforme. Os porcelanatos estão entre as melhores opções, pois podem ser lavados e ainda oferecem variedade de padrões: amadeirado, marmorizado, cimentado etc. O cimento queimado é outra boa alternativa.
  3. Minimize as áreas azulejadas. Paredes cobertas de revestimentos cerâmicos não combinam com uma sala. Por isso restrinja ao máximo a presença desse material em cozinhas integradas. Se adotá-lo, utilize-o somente acima da bancada da pia. E, claro, fuja dos modelos com estampas que remetem a cozinhas. Peças lisas ou com padrões geométricos são ideais.
  4. Todos os eletrodomésticos precisam ter o mesmo padrão de acabamento. O inox assegura um visual mais limpo e fácil de harmonizar. Mas também é possível camuflar os equipamentos, de modo que eles quase desapareçam no ambiente. Para isso, opte por um cooktop embutido na bancada e crie uma torre de fornos (elétrico, a gás, de micro-ondas). Caso não vá embutir o depurador no armário sobre o cooktop, escolha uma coifa com potencial decorativo, como as redondas. O refrigerador pode ser disfarçado em um nicho de marcenaria.

Ilha suspensa reúne cooktop e área de refeições na cozinha

Ilha suspensa reúne cooktop e área de refeiçõesFotos: Alain Brugier
Foto: Alain Brugier

Reparou que a longa bancada branca de 4,50 m não se apóia no chão? Ela foi pendurada no teto por duas estruturas metálicas pretas, uma em cada ponta. A solução inusitada, pensada para o apartamento de um solteiro, foi ideia do arquiteto Diego Revollo, de São Paulo. Dessa forma, o piso fica inteiramente liberado.

Cozinha com cuba preta e torneira regulável
Foto: Alain Brugier

O cimento queimado, utilizado em todo o ambiente, realça a luminosidade na cobertura do prédio. Por outro lado, não chama a atenção para si, deixando os holofotes para os armários de cor mostarda. Esses, por sua vez, contrastam elegantemente com o preto da área da pia. Já o bloco ripado em madeira tauari se contrapõe às superfícies lisas e metálicas. E o roxo nas poltroninhas vazadas reforça a personalidade do espaço.

Cozinha integrada com armários amarelos e bancada suspensa
Foto: Alain Brugier

Jogo de esconde-esconde

Pode haver a bagunça que for na cozinha! Se as portas que guardam as áreas da pia e do cooktop estiverem fechadas, nada transparece. E ainda há outras portas ocultando gaveteiros, prateleiras e fornos. Vê-se, apenas, uma sala em L com cantinhos de estar e de refeições.

Assim os arquitetos Tobias Laarmann e Yolanda Yuste López, do estúdio YLAB Arquitectos, resolveram este apê de 90 m² em Barcelona. “O apartamento consegue o armazenamento máximo devido aos grandes armários do chão ao teto localizados em seu perímetro”, explicam.

A marcenaria de carvalho se alterna com o revestimento de parede de laca branca. “Ambos os materiais, madeira e laca, combinam com o piso de arenito”, afirmam os profissionais. “A pedra do piso reflete a luz natural e adiciona um tom creme quente.”

Muita luz natural na cozinha e a vista do jardim aguardam pelos moradores

Cozinha integrada com sofá e vista para o jardim
Foto: Adam Scott

Na reforma desta casa em Londres, a cozinha mereceu todas as atenções e ocupou a porção central do térreo. Os profissionais do escritório Sketch Architects mantiveram uma ampliação lateral feita anteriormente. Nesse trecho – com sofá, TV e mesa de jantar –, o pé-direito cresceu e uma cobertura de vidro surgiu. É por ela e pela fachada envidraçada que entra a luz natural.

Porta de acesso à cozinha
Foto: Adam Scott

Entre os acabamentos, sobressai o azul dos armários, combinado com o branco dos tampos. Na ilha fica a cuba, enquanto o cooktop foi parar rente à parede pintada de branco. O piso exibe um suave padrão amadeirado.

Tendências em iluminação da Euroluce 2019

Postado por MMM em 29/abr/2019 -

 Foto: Divulgação Bocci (luminária 74)
Foto: Divulgação Bocci (luminária 74)

Que tal um grande arco para iluminar a sala? Ou, então, esferas espelhadas que se prendem e se soltam de uma trama de cabos por efeito magnético? Ou um tubo flexível que se curva ao gosto do freguês? Todas as opções são válidas, como se viu na última Euroluce. A feira bienal de iluminação integrou o recente Salão do Móvel de Milão e foi visitada por profissionais brasileiros.

Foto: Divulgação Nemo

De peças de vidro soprado a modelos de alumínio, as mais de 400 marcas presentes mostraram designs variados. Luminárias inspiradas nas formas orgânicas de árvores, flores, corais e águas-vivas foram muitas. “Gostei demais dos pendentes que caem de forma desconexa, sem ordem definida”, conta a designer de interiores Daiane Antinolfi.

Mas também se destacaram os exemplares de formato geométrico, cada vez mais fininhos. A maioria das marcas jogou as fichas na iluminação decorativa, apostando em modelos esculturais. Por outro lado, não se abriu mão da iluminação arquitetônica, mais focada na qualidade da luz no espaço.

Foto: Korman Arquitetos

Abaixo a rigidez, viva a flexibilidade

Entre tantas marcas e produtos, sobressaíram os sistemas maleáveis de iluminação. Ou seja, luminárias que permitem diferentes configurações, luz direta e indireta, aplicação no teto e na parede, por exemplo. “Uma forte tendência são as luminárias flexíveis com elementos componíveis”, explica Maria Pinotti, da megastore brasileira Yamamura. “O cliente pode montá-las como desejar. E elas se adaptam a diferentes ambientes.

Um exemplo é a La Linea, um tubo de silicone de 5 m de extensão. Dobrável em qualquer posição, a luminária atraiu o olhar da designer de interiores Marília Brunetti de Campos Veiga. E a peça ainda resiste à chuva, por isso é opção para clarear até o jardim. O modelo foi desenhado pelo escritório de arquitetura BIG e lançado pela Artemide.

Foto: Marília Brunetti de Campos Veiga

Os sistemas flexíveis refletem as mudanças no modo de morar, já que cada vez mais os ambientes são integrados e multifuncionais”, analisa Maria Pinotti, da Yamamura. Produtos desse tipo já são encontrados no Brasil, inclusive nas lojas da rede, segundo a especialista.

Maleabilidade é o que também oferecem várias das linhas apresentadas pela marca espanhola Vibia. A coleção, na opinião da arquiteta Carina Korman, do escritório paulistano Korman Arquitetos, teve grande destaque na feira. “Havia peças feitas de cordão de persiana, de modo que não aparece a fiação. Elas são flexíveis e podem ser colocadas de diversas maneiras”, diz.

Carina aponta uma razão bastante prática para a adoção dos sistemas maleáveis nas casas e apartamentos brasileiros. “Quando não há forro de gesso, de um único ponto na laje é possível puxar vários outros e obter uma iluminação diferente.

 Foto: Divulgação Firmamento Milano (XLight)
Foto: Divulgação Firmamento Milano (XLight)

Entre as formas de iluminar que se adaptam às necessidades do usuário estão também os perfis e trilhos. “Eu vi trilhos curvos que abrem diversas possibilidades”, comenta Marília Brunetti.

Foto: Marília Brunetti de Campos Veiga

Por trás de tudo, muita tecnologia

O que faz do LED uma opção tão atraente não é só o baixíssimo consumo de energia elétrica. Para os designers de luminárias, isso importa, assim como importa poder criar luminárias com o chamado LED integrado. E do que isso se trata, afinal?

Foto: Divulgação Vibia (linha Sticks)

Para funcionar, qualquer lâmpada LED ou luminária LED precisa de um driver. O driver nada mais é que um dispositivo eletrônico que converte a corrente elétrica da rede para um padrão adequado ao LED. O LED integrado é, portanto, um LED que já vem com o driver.

A solução de LED integrado marcou forte presença na Euroluce 2019”, afirma Maria Pinotti, da Yamamura. “O destaque ficou por conta das inovações tecnológicas que, através de sistemas inteligentes, sensores e conectividade sem fio, permitem regular o acionamento, a intensidade e a temperatura de cor da luz por meio de um simples toque na superfície da peça”, continua.

Segundo a especialista, as luminárias com LED integrado estão sendo desenvolvidas para ser compatíveis com sistemas de automação. “Sistemas que podem ser facilmente controlados por plataformas digitais”, explica, lembrando que “a vida cotidiana inteligente tem cada vez mais aderência pelos brasileiros”.

Foto: Marília Brunetti de Campos Veiga

Em consonância com o que foi apresentado na Euroluce, a partir de maio a Yamamura passa a comercializar a tecnologia Light Sense, da Brilia. Trata-se de um sistema de controle de iluminação doméstica baseado na tecnologia IoT – Internet das Coisas. “O sistema é composto por módulos conectados à internet e controlados por dispositivos móveis, comandos de voz e dimmer inteligent touch”, explica Maria Pinotti. “Isso permite personalizar a iluminação de diferentes ambientes de onde quer que se esteja.



Antes e depois: reforma amplia apê de 51 m²

Postado por MMM em 15/abr/2019 - 2 Comentários

A área coberta e fechada media apenas 24 m². Uma varanda/área de serviço compunha outros 15 m² e ainda havia um terraço ao ar livre de 12 m². Tudo isso no 17º andar de um edifício recém-construído em São Paulo. Eis que, eliminando-se uma porta e utilizando-se vidro para erguer um telhado e fechar alguns trechos da fachada, os espaços foram integrados e seu uso, reinventado.

Nosso cliente é um investidor. Ele queria que o estúdio fosse confortável tanto para um solteiro como para um casal.” É o que conta a designer de interiores Lome Chung, que comandou a reforma com Paulo Brites, seu sócio no Icono Projetos e Interiores.

Como o objetivo era acabar com a sensação de aperto, os profissionais focaram no aproveitamento de cada centímetro. Nem por isso viraram o compacto apê do avesso, o que levaria a gastos mais elevados. Ou seja, em nome da relação custo-benefício, a entrada continua sendo pelo quarto.

Acompanhe as interferências que modificaram o uso do espaço no estúdio

1. Saiu a pia de cozinha que ficava dentro do dormitório, entrou um home office

A copinha no quarto era uma das opções oferecidas pela construtora. Mas Lome e Paulo preferiram fazer do cantinho um espaço multiuso: a bancada do computador também comporta a TV. De frente para os equipamentos, a dupla encaixou um sofá compacto.

2. As portas de correr que isolavam a área externa desapareceram

As três folhas e os caixilhos nos quais elas deslizavam foram eliminados, porém o vão diminuiu um pouco. À direita, isso serviu para camuflar a geladeira instalada no ambiente vizinho. À esquerda, para abrigar o sofá e ampliar a parede que acolheu a bancada da cozinha.

3. Vidros completaram a varanda/área de serviço

Para fechar o vão na fachada, foi preciso seguir o padrão definido pela convenção do condomínio. Daí os caixilhos de alumínio preto e os vidros móveis que se recolhem num dos cantos da abertura. Agora esta funciona como uma janela qualquer.

4. Onde antes ficariam tanque e lavadora de roupas, hoje existe uma cozinha completa

Prolongando uma parede, os profissionais encontraram lugar para uma bancada de 2,50 x 0,65 m que delineia a cozinha. O tampo de granito preto são gabriel embute cuba e cooktop. Abaixo dele, a marcenaria divide espaço com o forno. Acima, há mais armários, micro-ondas e uma coifa, fixados contra o fundo de pastilhas azuis.

5. Uma divisória de drywall ao lado da geladeira camuflou o tanque

Como o prédio oferece uma lavanderia de uso coletivo, não se desperdiçou espaço com máquina de lavar roupa nem varal. Mas os designers incluíram um tanque na ponta da cozinha. “Assim, durante a faxina, é possível lavar os panos e utensílios de limpeza ali e não na pia, o que não é muito higiênico”, justifica Lome. Para o tanque não ficar tão em evidência, foi erguida uma paredinha entre ele e o refrigerador.

6. O antigo terraço ao ar livre virou sala ao receber uma cobertura de vidro e fechamentos laterais

Lome e Paulo, em parceria com um vidraceiro, desenharam a cobertura, que foi aprovada pelo condomínio e se tornou padrão para o edifício. Levemente inclinada, a estrutura de alumínio preto com placas de vidro laminado não acumula a água da chuva. Repare que um trilho para spots de luz foi fixado no perfil central da cobertura.

As duas generosas aberturas nas paredes se converteram em janelas idênticas à da cozinha. Assim protegida, a área acolheu uma mesa de jantar para quatro pessoas e ambiente de estar.

Nada de desperdício: o que estava bom permaneceu inalterado

Perfeito para economizar espaço, o banheiro tem duas paredes de vidro e uma porta de correr do mesmo material. Ou seja, fica igualzinho a um grande boxe! A privacidade é assegurada pelo acabamento jateado dado às placas. “Melhor ainda seria adesivar as lâminas para que a sombra de quem está dentro não apareça quando a luz é acesa, à noite”, ensina a designer de interiores.

Lome e Paulo mantiveram a solução e só incluíram no ambiente um boxe com portas articuláveis. O lavatório, que fica do lado de fora, já contava com a bancada de granito preto são gabriel. Mas tornou-se mais funcional complementado pelo gabinete inferior e pelo espelho que vai até o teto.

Entregue no contrapiso, o quarto recebeu réguas de porcelanato no padrão madeira. “É uma forma de trazer aconchego, sem abrir mão da manutenção fácil”, afirma Lome. No restante do apê, conservou-se o porcelanato cinza existente. Apenas os rodapés cerâmicos da antiga área externa foram trocados. Em seu lugar, entrou um modelo mais alto e elegante, de poliuretano branco, o mesmo instalado no quarto.

Um painel amadeirado delimita o canto do home office. Ali, a bancada repete o acabamento grafite de todos os itens de marcenaria. No armário, a cor se restringe às laterais, pois as portas de correr são espelhadas a fim de fazer o espaço parecer maior. Já a cabeceira da cama foi montada com MDF branco, que sobressai graças à pintura cinza das paredes.

Reformado, equipado com eletrodomésticos e decorado, o apartamento de 51 m² não demorou muito para ser alugado. Prova de que valeu a pena incorporar a área externa ao interior, fazendo o espaço útil dobrar.

Paredes descascadas e integração de ambientes rejuvenescem o apê

Postado por MMM em 13/mar/2019 -

Você diria que está vendo um apartamento construído nos anos 1970? Hoje mal dá para acreditar nisso. Mas, quando o jovem casal de São Paulo comprou o imóvel diretamente de sua primeira moradora, difícil era imaginar que ele poderia se tornar tão atual.

A planta picotada em vários cômodos, comum naquela época, não atendia ao estilo de vida dos novos proprietários. Nem fazia bom uso da luz natural. “Como havia muitas paredes e os revestimentos eram escuros, a claridade não se propagava.” É o que conta Kiko Castello Branco, do SOEK Arquitetura, que assina o projeto com o VOA Arquitetura.

Para conhecer outros trabalhos que publicamos desses escritórios, clique aqui e depois aqui.

Para grandes efeitos, intervenções pontuais

Planejando juntos, os arquitetos dos dois escritórios decidiram abrir o terceiro quarto. Dessa forma, o home office virou parte da área social.

Queriam fazer o mesmo com a cozinha, porém havia um banheiro no meio do caminho. Solução: demoliram as instalações e destinaram a função de lavabo ao antigo banheirinho de serviço.

Com essas poucas alterações, o apartamento já começava a se aproximar do ideal dos moradores. “Só de abrir as paredes, já deu a sensação de que o espaço era muito maior”, diz Kiko.  

O arquiteto lembra que surgiu então a ideia de expor a estrutura do imóvel. “Foi uma bela surpresa descascar a parede da sala e descobrir os tijolinhos assentados na diagonal bem ali no alto. A gente fica imaginando o trabalho que foi para deixar tudo tão certinho.

Desnudando outras superfícies, os profissionais encontraram ainda largos pilares de concreto. Esses também foram mantidos aparentes, tanto na sala quanto no quarto do casal. A diferença é que, no dormitório, receberam uma leve demão de tinta para harmonizar com os tijolos, que foram pintados de branco. Nesse sentido, já esclarecendo: é pura coincidência o trecho de tijolos ter praticamente a mesma largura da cama. Outra surpresa feliz!

Em busca do equilíbrio no visual (das paredes) do lar doce lar

Se por um lado a parede de tijolos no tom natural é um elemento mais rústico e escuro, por outro a serralheria delicada adiciona leveza à sala. “As peças são feitas de uma chapa metálica muito fina. Então, mesmo o rack da TV, que é preto, não pesa no visual”, diz Kiko. “Se fossem de madeira escura, aí haveria um desequilíbrio”, ensina.

Mais discreta ainda é a estante branca, feita do mesmo material. Instalada na sala de jantar, ela quase desaparece em meio aos livros do casal. O pendente sobre a mesa repete a lógica: harmonizar com o restante em vez de destacar-se. E também o sofá e o tapete neutros, além das cadeiras com estrutura delgada, equilibram o conjunto. Sem esquecer o assoalho clarinho, de carvalho europeu.

Na varanda, aos tijolos e concreto aparentes, juntou-se o piso de mosaico português branco. “Típico das calçadas da cidade, esse revestimento está aqui para caracterizar a sensação de espaço externo”, explica o arquiteto.

O terraço ainda ganhou sofá, mesinha, banquetas e uma bancada com chapa e pia. Tornou-se, assim, o principal ambiente de estar do apartamento. Não era para menos, já que oferecia a melhor das condições: a vizinhança da copa das árvores.

Ladrilhos hidráulicos revestem e decoram as paredes

Para reforçar a integração de ambientes, o piso de madeira prolonga-se da sala para a cozinha. Mas não chega até a área da pia, onde ficaria vulnerável à ação da água. Nesse trecho, os arquitetos preferiram instalar ladrilhos hidráulicos. “Escolhemos essa linha com cores meio queimadas, mais manchadas”, conta Kiko.

A vantagem do modelo, ele explica, é que a superfície revestida não fica chapada. “Eles dão uma boa profundidade, mesmo no branco.” No piso e na parede da bancada da cozinha, as peças claras somaram-se às azuis em uma paginação alegre. O lavabo vizinho copia o dueto. Por isso, não é preciso nada além da marcenaria para completar os ambientes.

Em conclusão, um projeto lindo que deixou a gente babando por aqui. Por fim, o que você achou? Deixe um comentário.

Apê de 35 m² tem tudo para a vida a sós ou a dois

Postado por MMM em 25/fev/2019 -

Decoracao sob medida - cozinha branca com mesa de madeira e cadeiras pretas

Antes da primeira reunião, a gente pede aos clientes que façam um plano de necessidades o mais sonhador possível. A partir desse plano, a gente propõe soluções práticas para otimizar o espaço”, diz o arquiteto Victor Milani. Explicar como funciona o Studio VRM, em que Victor é sócio do engenheiro Rafael Motta, é explicar como foi pensado este apartamento de 35 m² em Brasília.

Decoracao sob medida - vista da sala de tv e do quarto com parede de vidro

Entre outras coisas, o jovem morador queria uma TV na sala e outra no quarto. Precisava, ainda, de espaço para acomodar seus instrumentos musicais. E de um lugar para a bicicleta, que usa diariamente para ir ao trabalho.

Foi preciso, portanto, dar tratos à imaginação para contemplar todos os desejos sem deixar o apartamento entulhado. “Ter uma boa circulação é uma regra para a gente, pois ela influencia diretamente no bem-estar”, afirma Victor.

Por isso mesmo eles montaram a cozinha contígua ao banheiro – antes ela formava um L na parede da bicicleta. Assim a entrada do apê ficou mais liberada e convidativa, oferecendo uma sapateira e um suporte para a bike.

Decoracao sob medida - hall de entrada com bicicleta pendurada na parede

Os armários e prateleiras da cozinha (encomendados à Caminho Oficina, assim como toda a marcenaria) foram planejados de acordo com os tamanhos específicos de geladeira, máquina lava e seca, forninho elétrico e micro-ondas. O vão para encaixar o depurador acima do cooktop está lá e só aguarda a chegada do equipamento.

Decoracao sob medida - vista parcial do quarto de casal com parede de vidro e hall de entrada com bicicleta pendurada na parede de tijolo

Um quarto, vários macetes

Decoracao sob medida - quarto de casal

Valendo-se do pé-direito de 2,70 m, Victor e Rafael fizeram um tablado no quarto, 60 cm acima do piso. Dessa forma, transformaram em gavetas os três degraus de acesso ao ambiente. E, nas laterais do colchão, criaram seis baús que aproveitam a área sob o tablado. “Ficaram bem grandes, cabe muita coisa ali”, afirma o arquiteto. “Quando os pertences ficam ocultos, o espaço deixa a impressão de não ser tão pequeno.

Outra solução engenhosa é a esquadria metálica envidraçada que separa o quarto da sala. Ela conta com uma persiana rolô multifuncional. Por um lado, escurece o dormitório quando se quer dormir até mais tarde. Por outro, atua como um telão, em parceria com o projetor no alto da parede oposta. “Fizemos uma prateleira ali que é facilmente alcançada quando o morador fica de pé na cama”, diz Victor.

Os truques não param por aí, já que o armário também esconde segredinhos. Além de funcionar como divisória de ambientes, ele tem acesso pelos dois lados. No quarto, as portas se abrem de modo convencional, para não roubar espaço dos baús. Enquanto isso, na sala elas são de correr e levam espelho, acabamento que dá amplitude visual.

Tudo se encaixa na sala

Decoracao sob medida - sala de tv

Custou, mas os profissionais encontraram no comércio um sofá de dois lugares com 1,30 m de largura – era o tamanho máximo permitido pela sala. Preservou-se, assim, o acesso à TV e a tudo o que tem lugar no rack e nas prateleiras altas. Ao mesmo tempo, foi possível alocar uma bancada de trabalho com vista para a paisagem.

Igualmente comprada pronta, uma mesinha redonda ora faz as vezes de mesa de centro, ora de apoio lateral. Já a mesa de jantar nasceu das mãos do pai do rapaz, marceneiro nas horas vagas. Victor conta: “Nós passamos as dimensões e ele fez a peça com umas madeiras da chácara em que o filho cresceu”.

De madeira de demolição, a mesa completou a proposta de decoração industrial com toques rústicos delineada pelo Studio VRM. Nela se incluem os tijolinhos que revestem boa parte das paredes, trazendo aconchego. Como o morador adora ouvir música, os tijolos – maciços e com 10 cm de espessura – atenuam o som que vaza do apartamento. E ainda isolam parcialmente o calor vindo de fora, já que Brasília é quente e o prédio fica em uma esquina ensolarada.

A iluminação do apê, toda aparente, reforça o jeitão industrial. Não foi só por isso, entretanto, que os profissionais escolheram executá-la com trilhos e spots. “Se fizéssemos forro de gesso e vários pontos de luz embutidos, perderíamos 20 cm da altura”, diz Victor. “Aí não teríamos como elevar o quarto e criar os baús.

Moral da história: Espaços pequenos pedem grandes soluções!